O Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (MIS-RJ) foi inaugurado em 3 de setembro de 1965, como parte das comemorações do IV Centenário da cidade do Rio de Janeiro.
O MIS lançou um gênero pioneiro de museu audiovisual, que seria seguido por outras capitais e cidades brasileiras. Além de ter se qualificado num centro de documentação de música e imagem, foi também um centro cultural de vanguarda nas décadas de 60 e 70 do século XX, lugar de encontros e de lançamento de idéias e novos comportamentos.
Além de preservar importantes coleções que atendem aos interesses de um público pesquisador amplo e diversificado, o prédio da Praça XV, tombado em 1989, é em si mesmo uma das mais belas peças de sua coleção, constituindo um exemplar histórico raro dos pavilhões construídos para abrigar a Exposição do Centenário da Independência do Brasil, realizada em 1922.
Em 1990, o prédio passou por uma grande restauração que lhe devolveu o fausto do estilo eclético original, desfigurado pelas intervenções que ao longo dos anos modificaram sua fachada. Além desse prédio da Praça XV, o MIS começou a ocupar, nesse mesmo ano, um outro edifício, localizado no bairro da Lapa, tradicional reduto da boemia carioca, que abriga diversos bares, casas noturnas e entidades culturais responsáveis pela transformação desse espaço urbano em um dos locais de maior efervescência cultural da cidade. Essa sede é atualmente ocupada por setores administrativos do MIS e abriga parte do acervo disponível à pesquisa.
Algumas coleções desse acervo foram adquiridas por ocasião de sua inauguração, como as dos fotógrafos Augusto Malta e Guilherme Santos; a do radialista Henrique Foréis Domingues, o Almirante; a coleção de discos raros do pesquisador de música popular Lúcio Rangel e as litogravuras de Maurice Rugendas. Outras coleções foram incorporadas ao longo do tempo, como a da Rádio Nacional (1972), com a memória da época de ouro do rádio no Brasil; a de Jacob do Bandolim (1974), importante coleção particular sobre a memória do choro; a de Elizeth Cardoso (1979); a de Abel Ferreira (1980); a de Nara Leão (1990); a do jornalista Sérgio Cabral (2007); e a da cantora Zezé Gonzaga (2008), entre tantas que, no seu conjunto, formam um dos acervos audiovisuais mais expressivos e diversificados da cultura urbana brasileira.
Além da guarda e preservação das coleções, o MIS produz seu próprio acervo através da coleta dos Depoimentos para Posteridade, projeto concebido em 1966 como forma de legitimar a ação do Museu no meio cultural do Rio de Janeiro. O primeiro depoimento foi prestado por João da Baiana, em 24 de agosto de 1966, seguido por Pixinguinha, Heitor dos Prazeres, Almirante, Donga, Chico Buarque, Tom Jobim e dezenas de outros. Atualmente, o Museu conta com um acervo de mais de 900 depoimentos com, aproximadamente, quatro mil horas de gravação abrangendo os mais diversos segmentos da cultura.
Ao longo de sua trajetória, o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro vem realizando exposições, encontros, sessões de cinema, cursos, seminários, palestras e, mais recentemente, um programa de vídeo educativo que atende a estudantes da rede pública, pessoas da terceira idade e ONGs que trabalham com menores carentes.
O MIS não se restringe à guarda de objetos remanescentes do passado, mas está em dia com o presente e voltado para o futuro. Registra e preserva a memória, fazendo uso de tecnologias disponíveis em cada época.
Como chegar
SEDE ADMINISTRATIVA - Lapa
Rua Visconde de Maranguape, 15
Largo da Lapa, Rio de Janeiro
(ao lado da Sala Cecília Meirelles)
Tels / 2332-9509 / 2332-9507 / 2332-9511
METRÔ
Saltar na estação Cinelândia e seguir em frente pela Rua do Passeio. O MIS fica, exatamente, no Largo da Lapa, ao lado da Sala Cecília Meirelles.
BARCAS
Praça XV: Pegar o ônibus de número 238 no sentido Sul do Mergulhão, na Praça XV;
ÔNIBUS
- C10 – Fátima X Estrada de Ferro circular (Amigos Unidos): Rua do Riachuelo – Rua 1º de Março – Rua Camerino – Rua Marechal Floriano – Praça XV;
- 238 – Praça XV X Engenho de Dentro circular (Verdun): Méier – Rua Uruguai – Estácio – Lapa;
- 174 – Central X Gávea (Amigos Unidos): Tiradentes – Lapa – Praia do Flamengo – PUC;
- 571 – Glória X Leblon circular (São Silvestre): Jóquei – Ipanema – Catete – Lapa;
- 572 – Glória X Leblon circular (São Silvestre): Praia de Botafogo – Ipanema – Jóquei – Lapa;
- 409 – Saens Peña X Jardim Botânico (Verdun): Estácio – Lapa – Praia de Botafogo – Jardim Botânico;
- 410 – Praça Varnhagem X Antero de Quental (Verdun) – Saens Peña – Riachuelo – Flamengo – Jóquei;
- 433 – Barão de Drumond X Leblon (Vila Isabel): Maracanã – Lapa – Shopping Rio Sul – Copacabana;
- 497 – Penha X Cosme Velho (Auto Diesel): Avenida Brasil – Rodoviária – Lapa – Largo do Machado;
- Linhas Radiais Sul, que ligam o Centro à Zona Sul: números de centena.
SEDE PRAÇA XV - Centro
Praça Luiz Souza Dantas (antiga Praça Rui Barbosa), 01,
Praça XV, Rio de Janeiro
tel/fax 55 (21) 2332-9067 / 2332-9068
METRÔ
Saltar na estação Carioca
BARCAS
Sair da estação da Barcas, caminhar até a Rua Primeiro de Março (Rua do Tribunal de Justiça) e seguir caminhando pela esquerda. O MIS está localizado ao lado do Museu Histórico Nacional.
ÔNIBUS
- C10 – Fátima X Estrada de Ferro circular (Amigos Unidos): Rua do Riachuelo – Rua 1º de Março – Rua Camerino – Rua Marechal Floriano – Praça XV;
- 119 – Copacabana x Praça XV (São Silvestre): Praia do Flamengo – Praia de Botafogo – Posto 6 – Shopping Rio Sul;
- 238 – Praça XV X Engenho de Dentro circular (Verdun): Méier – Rua Uruguai – Estácio – Lapa;
- 438 – Barão de Drumond x Leblon (Vila Isabel): Maracanã – Praça XV – Botafogo – Jóquei – Lapa;
- Linhas Radiais Norte, que ligam o Centro à Zona Norte: números das centenas 200 e 300.
Site www.mis.rj.gov.br
Instituto Moreira Sales
O IMS possui três centros culturais, onde promove exposições, palestras, shows, ciclos de cinema e eventos. Na área editorial, além de livros e catálogos de arte, publica a série CADERNOS DE LITERATURA BRASILEIRA e a revista de ensaios serrote.
Site ims.uol.com.br
CPDoc JB | a memória viva do Jornal do Brasil
Até os anos 60 o Rio foi a capital do País, palco das grandes decisões político-administrativas e manifestações populares. Com a fundação de Brasília, a cidade perdeu o status distrital, mas permaneceu como o mais importante centro cultural da nação, ponto de irradiação de comportamentos para todo o Brasil.
Desde sempre correspondendo à confiança dos seus leitores, como prometeu no editorial do seu lançamento em 9 de abril de 1891, o Jornal do Brasil acompanhou o processo histórico nacional com uma ininterrupta cobertura diária ao longo de todo o século XX. E se consolidou acompanhando a evolução da sociedade brasileira, mantendo a sua vocação para o pioneirismo, tanto no que diz respeito à qualidade editorial como à produção gráfica, servindo de modelo e referência para o jornalismo brasileiro.
O CPDoc JB é a memória viva desta história de vanguarda e inovação no jornalismo brasileiro. Uma instituição singular no panorama documental e cultural do Rio de Janeiro e do País, constituindo-se em um dos mais importantes acervos jornalísticos do Brasil. Seu acervo reúne documentos textuais e iconográficos de natureza jornalística que abragem mais de um século de cobertura diária, com ênfase em política, cultura e comportamento.