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"Um dia, Assis não se sabe como, o rapaz começou a bater pandeiro. Tanto que surrou, que sentiu sua alma vestida de malandro, com sua calça listrada, camisa de meia manga "palheta", e com muita vontade de brigar, tornou-se um dos nossos grandes compositores e sambistas daquela época ".
















Bibliografia- Livros




Carmen Miranda: A Cantora Do Brasil - Abel Cardoso Jr - 1978


CARMEN MIRANDA: A CANTORA DO BRASIL De ABEL CARDOSO JUNIOR ------------ EDIÇÃO RARÍSSIMA UMA OBRA ÍMPAR QUE DISPENSA MAIORES COMETÁRIOS TUDO - MAS TUDO MESMO - QUE VOCÊ QUERIA SABER SOBRE A PEQUENA NOTÁVEL ILUSTRADO COM FOTOGRAFIAS ------------ EDIÇÃO PARTICULAR DO AUTOR - 1978 FORMATO 14 X 21 CM 496 PÁGINAS ILUSTRADO COM FOTOGRAFIAS ------------ LIVRO USADO EM ÓTIMO ESTADO DE CONSERVAÇÃO (as beiradas do papel do miolo estão um pouco acificadas) ------------ NÃO TRABALHO COM SEDEX A COBRAR BANCOS DISPONÍVEIS: BRADESCO CAIXA ECONÔMICA FEDERAL BANCO DO BRASIL ITAÚ NO MOMENTO SOMENTE ESTÃO DISPONÍVEIS AS CONTAS JUNTO AO BB, CEF E UNIBANCO.
  










Livro: "Não acuso nem me perdoo". Autor Paschoal Carlos Magno.

O Centro Cultura Ol Paschoal Carlos Magno (CCPCM) preparou uma programação especial para comemorar os 100 anos de Paschoal Carlos Magno. A partir do dia 06 de dezembro (quarta-feira), o espaço irá abrigar diferentes eventos, que contarão com a participação de personalidades da cidade de Niterói. O público poderá conferir exposição de fotos, documentos e livros; palestra; mesa redonda; apresentação teatral; oficina; exibição de filmes; música e dança.
Os eventos serão gratuitos e organizados pela Secretaria de Cultura de Niterói/Fundação de Arte de Niterói (FAN). O Centro Cultural fica na Rua Lopes Trovão, s/nº, Icaraí. Outras informações pelo telefone 2610-5748. Confira abaixo a programação completa.

Livro "Carmen: uma biografia". Autor: Ruy Castro.
Depois de derrubar um cacho de mitos sobre a cantora em "Carmen - Uma Biografia", em 2005, Ruy Castro começa agora a colar os cacos da discografia de Carmen Miranda. Ele lança hoje, na Fnac Morumbi, quatro CDs com 64 faixas gravadas de 1935 a 1940, na Odeon. "É a fase mais madura de Carmen. Ela estava com total domínio de suas capacidades", diz Castro.
O que torna atrativos os CDs? A caixa que a EMI lançou em 1996, com as mais de 120 gravações da Odeon, está fora de catálogo; e, nas compilações que há por aí, o critério predominante é o da obviedade.
Reprodução
Ruy Castro pesquisou a obra da cantora e atriz Carmem Miranda
Ruy Castro pesquisou a obra da cantora e atriz Carmem Miranda
Os lançamentos com a rubrica "Ruy Castro Apresenta..." fazem uma síntese das lacunas: oferecem o melhor de Carmen a um preço razoável (R$ 24 cada CD) e com as músicas divididas segundo conceitos claros.
"Carmen Canta Sambas" é o primeiro do lote, lugar de honra que a ênfase de Castro ajuda a explicar. "É para acabar com essa história de que Carmen era apenas uma cantora de marchinhas. Ela foi uma grande cantora de sambas. No tempo em que o gênero estava em formação e havia várias espécies de samba em embrião, explorou todas as vertentes e firmou muitas delas", diz.
Em "Os Carnavais de Carmen", estão sucessos de verão da "carioca" nascida em Portugal, como "Duvi-d-o-dó" (Benedito Lacerda/João Barcellos), mas também um samba sofisticado como "Camisa Listada" (Assis Valente).
"Carmen foi a cantora que estabeleceu a marchinha. Você não acha nenhuma cantora anterior a ela, com aquele peso, gravando música de Carnaval." Seu primeiro grande sucesso foi a marchinha "Pra Você Gostar de Mim [Taí]", de 1930, quando ela era da Victor, onde ficou até 1935 --o acervo pertence hoje à Sony BMG.
Dois anos depois de ingressar na Odeon, ela já era o mais popular e bem pago nome da música brasileira. Foi então que assumiu a condição de estrela principal do Cassino da Urca. "Ela foi mais importante para o cassino do que o contrário. Mas, ao mesmo tempo, o cassino lhe deu outra dimensão como cantora. Era uma platéia mais exigente, que a obrigou a um refinamento", diz Castro.
Não há registros ao vivo em "Carmen no Cassino da Urca", e sim músicas que ela certamente cantava nas apresentações. "Você tem a ilusão de que está vendo um show da Carmen na Urca", supõe Castro.
Ary supera Assis
Também estão no CD aquelas especialmente compostas para Carmen responder, em setembro de 1940, à frieza com que foi recebida no mesmo cassino dois meses antes, após seu primeiro período nos EUA: "Voltei pro Morro" e "Disseram que Eu Voltei Americanizada".
O quarto CD, "Carmen Canta Ary Barroso", reúne todas as 16 músicas de Ary que ela gravou na Odeon. "Ao contrário do que muita gente pensa, não é Assis Valente o compositor mais gravado por Carmen, mas Ary. Por pouco: 30 a 24", diz Castro.
Ele procura fazer nos discos o que realizou em dimensão maior no livro: mostrar que Carmen é muito mais do que um turbante de frutas e um par de saltos plataforma --até porque a "baiana" estilizada só surgiu em 1938, quando a cantora já estava consagrada aqui.
"Ela é a mulher mais imitada da história, mais até que Marilyn Monroe, que era mais difícil. Mas ela é muito mais complexa e rica do que a imagem que temos dos filmes americanos. Existe uma Carmen mais real." 

Livro: "Samba, jazz e outras notas". Autor: Lúcio Rangel.
Lúcio Rangel entrou para a História como o sujeito que apresentou Tom Jobim a Vinicius de Moraes. Mas Lúcio foi muito mais que isso; ou, justamente por ter sido tudo isso, permitiu que a bossa nova nascesse — dividindo a moderna música brasileira em "antes" e "depois", de modo que a nossa memória "responde" melhor de João Gilberto pra cá. Graças a Sérgio Augusto e à editora Agir, podemos, desde o ano passado, conhecer a faceta jornalística de Lúcio Rangel, percorrendo um pouco de suas "memórias" e reconstruindo seu lugar no cenário. Samba, Jazz & Outras Notas passeia pelo Rio de Janeiro de Noel Rosa, Carmen Miranda, Ismael Silva e Cartola, dentre outros. Também percorre a Paris dos franceses hipnotizados pelo jazz, com tanta intimidade que Lúcio se permite não gostar, por exemplo, do bebop. Embora o volume seja irregular, porque Lúcio Rangel viveu muito mais do que escreveu, seus textos têm um valor testemunhal, de história da música sendo escrita, antes das unanimidades se firmarem e dos juízos se tornarem indiscutíveis. Lúcio, além de acertar mais do que errar (já defendia, por exemplo, Mário Reis, precedendo nosso Luís Antônio Giron), era de um tempo em que havia gente nas redações, a crítica não era essa de laboratório e o jornalista, nascia, morria e amava nas ruas, parafraseando Nélson Rodrigues. Afinal, qual homem de imprensa hoje seria capaz de promover um encontro entre Tom e Vinicius (por mais que não haja mais Toms e Vinicius por aí)? E, deixando de lado por um momento a crise da imprensa, talvez a música não tenha mais o papel central que um dia teve... Então Lúcio Rangel se converte em herói mitológico; e seu Samba, Jazz num mapa do nosso inconsciente.
>>> Samba, Jazz & Outras Notas
  
 UMA HISTÓRIA DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA – DAS ORIGENS À MODERNIDADE   
“O Brasil é uma potência na criação de música popular. Temos diversidade e singular síntese da harmonia e da melodia de inspiração europeia e rítmica africana, o que não existe na Europa e é diferente do que se faz na África. Isso fascina os estrangeiros”, afirma Jairo Severiano, respeitado pesquisador do tema. Em parceria com outros especialistas, ele lançou livros referenciais, como o levantamento da discografia brasileira em 78 rotações, de 1902 a 1964, em três volumes, já esgotados. Ou os dois volumes de A canção no tempo (Editora 34), abarcando de 1901 a 1985, escrito com Zuza Homem de Mello.

Uma história da música popular – Das origens à modernidade é o novo trabalho de Severiano. “Esse livro é produto de mais de meio século de atividade como pesquisador”, conta o autor. Para concluí-lo, o mais difícil foi enfrentar a falta de cuidado com a memória nacional. “Ele só existe porque colecionadores particulares guardaram velhos discos”, explica Jairo, contando que as matrizes em 78 rotações foram jogadas no lixo pelas gravadoras.

Mas o sacrifício compensou, pois Jairo conviveu com personagens importantes da música popular brasileira, como Antônio Carlos Jobim, Dorival Caymmi, Almirante e Braguinha, “de quem tive a honra de escrever a biografia, recolhendo informações diretamente da fonte”, revela. Uma história da música popular surgiu de curso ministrado em São Paulo, no Centro Cultural Antônio Adolfo. A pedido dos alunos, as aulas foram transformadas em livro.

O volume é dividido em “tempos”: Formação (1770/1928), Consolidação (1929/1945), Transição (1946/1957) e Modernização (1958 até hoje). Na origem de tudo estavam a modinha, influência portuguesa, e o lundu, com melodias e harmonias inspiradas em gêneros europeus e ritmos africanos. “A fusão deles gerou o maxixe, o choro e finalmente, nos anos 1910, o samba – o mais importante gênero musical popular brasileiro, aquele de maior qualidade”, explica. Ele se divide em duas grandes linhagens: o corrido (carnavalesco, de batucada) e o samba-canção (romântico, de andamento mais lento).

NA CORTE

A referência à década de 1770 remete ao sucesso, na corte da rainha portuguesa dona Maria, do primeiro compositor brasileiro: Domingos Caldas Barbosa. Não há partituras desse artista, mas volume com letras, indicativo de que ele fazia modinhas e lundus. Data do século 19 a chegada dos ritmos europeus ao país, caso da polca, da valsa, da mazurca, da quadrilha e do alemão schottisch – que, abrasileirado, virou xote.

A mistura com a rítmica afro-brasileira gerou o choro (“a polca abrasileirada”), o tango brasileiro e o maxixe. Vêm desse período artistas que são tocados até hoje, deixando repertório extenso e influências para as gerações seguintes. Entre eles estão Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Anacleto Medeiros e Xisto Bahia.

Nos anos 1910, o samba sintetizou os elementos musicais que o Brasil ouviu no berço. A consolidação do processo, a chamada época de ouro, se dá entre 1929 e 1945, movida por criadores como Ary Barroso, Noel Rosa, Braguinha, Lamartine Babo, Custódio Mesquita, Wilson Batista e Ataulfo Alves. O pesquisador chama a atenção para a contribuição de grandes instrumentistas, como Pixinguinha, Garoto e Radamés Gnatalli, e para os cantores Dalva de Oliveira, Francisco Alves, Carmen Miranda, Sílvio Caldas e Nelson Gonçalves. A gradativa combinação entre tradição e inovação marcou o período que vai de 1946 a 1957.

“Com Antônio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes e João Gilberto, introduzem-se novas harmonias, melodias e formas de compor. Esse tocar e cantar mudaram o curso da música”, explica Jairo Severiano. Depois disso, surgiu outra geração importante: “A dos festivais, nos anos 1960, com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Milton Nascimento, Paulinho da Viola e Edu Lobo”.

Para ele, Orlando Silva, Carmen Miranda, Elis Regina e João Gilberto cantam música brasileira com perfeição. “Mas essa opinião é pessoal”, avisa Jairo Severiano.

UMA HISTÓRIA DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA – DAS ORIGENS À MODERNIDADE
. De Jairo Severiano
. Editora 34, 504 páginas, R$ 64